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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Resenha: A Menina que roubava Livros (o filme)

Oi meu povo e minha pova, como vocês estão? Assim como a Sté B., eu também estive sumida, mas a vida é assim mesmo... Trouxe um resenha quentinha pra vocês que vou fazer com muito amor no coração <3
Vamos lá?


A menina que roubava livros ( The book Thief )
Direção: Brian Percival
Nacionalidade: EUA, Alemanha
31 de janeiro de 2014 (2h11min)
Drama
Com Emily Watson <3




Veio o filme de um livro muito querido na minha vida (que infelizmente nunca terminei de ler). Tive medo do filme ser um droga, puramente comercial, hollywood e blá,blá, blá, mas  me surpreendi. O filme é de um delicadeza impar, pra mim, que gostei muito dessa adaptação, tudo ficou bem feito (mesmo com um defeito ou outro). Não sou de fazer resenhas, então só pra esclarecer, não quero contar a historia do filme/livro, e sim pincelar minhas impressões sobre essa lindeza de filme.

Então eu amo filmes que se passam na 2ºGuerra e tem crianças/jovens, porque a simplicidade delas e a pureza simplesmente me encantam. Por exemplo, O Menino do pijama listrado, eu acho incrível aquela parte que o Bruno e Shmuel não entendem porque os judeus estão presos ali, e ignoram o fato de estarem separados por um grade e viram grandes amigos. Isso me toca muito, imagino como as crianças dessa época sofreram por não entender o porque de tudo aquilo. A menina que roubava livros exprime isso de forma ainda mais formidável, na cena do lago onde Liesel e Rudy gritam que odeiam Hitler e falam de seus motivos é muito tocante, quantos jovens meninos não tiveram que servir o exercito nazista sem querer? Quantas crianças foram separadas de suas famílias na tentativa de sobreviver? Mas o filme não retrata isso de um jeito pesado, é bem leve ao meu ver, a única coisa que me incomoda é como eles deixam as emoções em blocos e correm com a história. No livro a narrativa é bem lenta de detalhada,  acho que por ser um livro né, e demorar mais para os leitores criarem as imagens mentais na cabeça, e também pelo fato da narração ser feita pela morte.

Gostei do modo como eles introduziram o fato da morte narrar a historia, ficou bem sútil e bacana, mas acho que ficou faltando algumas pinceladas, enfim. Eu gostei da escolha dos atores, não tem muitos superfamososfodasdooscar, mas em criancinhas lindas que interpretam muito bem. Além do figurino que achei super bem feito e coeso com o filme, e o cenário também, tudo bem simples e muito bem feito!


Vai aí uma tabelinha resumo:


Filme Livro
Prós Boa opção para o preguiçosos, bem adaptado, bem ambientado, um filme muito bonito. Extremamente bem escritos, apesar de não ter lido tudo, é um dos melhores livros que já li. Narrativa envolvente e personagens profundos
Contras Narrativa muito acelerada que acaba "forçando" os sentimentos e a passagem de tempo no filme, perdendo alguns bons detalhes. Narrativa meio seca, as vezes, dá uma agonia, mas nada que te impeça de ler .


No fim, só diga uma coisa, veja o filme, mas se você não leu o livro, leia também.


Viu o filme?
Comenta com a gente as suas impressões também <3


Beijos



segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Top 10 mangás que eu gostaria de ver no Brasil

Sei que sumi faz bastante tempo e eu peço desculpas!
Como não pensei em nada realmente interessante, mas queria atualizar o blog, estou trazendo uma lista que planejei em um blog pessoal meio esquecido.
Bom, esta lista é pessoal e, em sua maioria, formada por títulos com os quais tenho vínculo emocional.

Glossário rápido:

Shoujo: macrogênero voltado para garotas
Josei: macrogênero voltado para mulheres

Shounen: macrogênero voltado para garotos
Dorama: Série de TV oriental. Pode ser J-Drama (série japonesa), K-Drama (série coreana), TW-drama (série tailandesa) e C-drama (série chinesa).
Shounen-ai: gênero que envolve o romance entre dois garotos
Yaoi: gênero que gira em torno do romance entre duas personagens masculinas, mas, neste caso, voltado para o público adulto.

1. Versailles no Bara, Riyoko Ikeda - Foi ouvindo sobre este manga que meu amor pelo shoujo (Gênero de mangás voltado para garotas) floresceu (Ainda que, agora, eu esteja em dúvida se BeruBara (Explicando: Em japonês, a pronúncia/escrita de Versailles é Berusayu, eu acho) é shoujo ou josei). Eu sempre amei as histórias com mulheres que se disfarçam como homens e arrebentam, mostrando que as diferenças estão mais na nossa cabeça do que no mundo - e esse mangá ajudou muito nessa paixão sem freios que eu tenho pela temática. Este é um mangá muito importante para a história do mangá e do shoujo; A própria história de como esse mangá foi publicado é ótima e inspiradora. Acho que é um pecado algo tão importante não ter sido nunca publicado no Brasil. Dizem que ele é meio "underground" no Japão, apesar de sua importância, o que só me faz vê-lo como algo ainda mais importante e vital para os colecionadores. (Apesar de que eu acho que a oportunidade passou quando a JBC acabou de publicar Utena, mas não custa sonhar).

2. Hana Yori Dango, Yoko Kamio - Foi outro mangá que me impulsionou ao amor por shoujo. Eu amo o estilo de traço e amo a proposta dele, apesar de não ser algo tão revolucionário e subversivo quanto BeruBara. Eu, até hoje, só vi o J-Drama e uns poucos episódios apenas - nos tempos em que todo mundo usava internet discada ou sofria com o Speed e suas quedas bruscas -, mas parecia bastante promissor. A versão coreana também parece bastante querida - e uma versão americana (Que, como a maioria das adaptações americanas de produções japonesas bem-sucedidas, tende a ser uma grande bosta) está para sair. Não, essa aí eu não quero ver nem a pau.

3. Cantarella, You Higuri - Devo a este manga a minha descoberta dos Borgia, minha família corrupta histórica mais querida. Queria muito, muito, muito poder lê-lo. Sem contar que o traço é de matar! E tem um climinha homoerótico que eu nem amo, né? haha Me processem, mas é a verdade. Eu não vou mentir sobre meus sentimentos. Bom, eu gostaria de ler mais por pura curiosidade. Lamentavelmente, ela não é uma série famosa, o que mina todas as minhas esperanças de vê-la aqui algum dia.

4. Blood Hound, Kaori Yuki - Kaori Yuki desenhando sobre um host club só de vampiros é muito amor! Ela, vampiros e host club era o que eu mais amava quando tinha 14 anos (Ainda amo muito, na verdade). Também é a única proposta da desenhista que não me parece igual às demais, que me parece capaz de se desenvolver de forma diferente dos demais mangás da autora, que sempre são ambientados em situações diferentes e que sempre trazem informações legais sobre os temas envolvidos, mas que acabam SEMPRE orbitando em torno de um romance tóxico com arzinho homoerótico - quando não são assumidamente sobre um casal homossexual. Isso não é ruim, não fosse o fato de se repetir tanto. Quando não é um casal yaoi formado por um servo e um senhor, é algo sobre incesto. Às vezes, são ambos. Blood Hound parece que pode se desenvolver e escapar ao efeito Conde Cain e Angel Sanctuary que tornam todas as histórias da desenhista tão previsíveis e, por fim, cansativas. Além disso, é a única série que parece ser assumidamente cômica, o que seria muito legal de se ver. Uma das minhas esperanças é que aparentemente haverá/houve recentemente uma adaptação televisiva do mangá. De repente...

5. Kakumei no Hi, Mikiyo Tsuda - Foi o manga que inspirou o nome do meu primeiro blog, logo, não poderia ficar de fora. Ele, por acaso, também tem a temática tomboy/genderbender, sendo sobre a namorada de um dos personagens de Princess Princess (outro mangá que me traz lembranças ternas). Eu cheguei a ver uns capítulos, mas acho que o fansubber deve até ter saído do ar depois de tanto tempo. O traço é bem amador e meio carregado nesta época, ainda não é claro o suficiente, o que me cansou bastante. Confesso que a Tsuda consegue construir passagens bastante cansativas algumas vezes - não por serem complexas, já deixo claro - mas eu realmente gosto deste mangá.   E o casal Megume/Mikoto é lindo! <3

6. Anatolia Story, Chie Shinohara - Cheguei a ler alguns capítulos, era uma série muito, muito boa, com um traço "antigo" muito encantador, que lembra um pouco o traço de Utena, mas com algo menos floreado, eu diria. Eu adorei a premissa de viagem no espaço-tempo e eu acho que, dentre todos os mangás que eu li, esse tem uma protagonista que é especialmente boa e cativante. E os meninos... Fiu, fiu pra eles também! Apesar de tudo, eu larguei por, na época, não encontrá-lo em português e por ele ser um mangá relativamente extenso - especialmente se você lê capítulo por capítulo.

7. Boy next door, Kaori Yuki - Gosto dela, sim. Apesar de praticamente todas as suas histórias se repetirem, eu realmente acho que essa é a melhor obra da mangaka. É uma história curta, um volume único, mas é fantástica e impressionante, e te impressiona da forma que se propõe a fazê-lo. É uma repetição da mesma premissa que enche vários mangás de Yuki-san, mas muito mais bem construída e mais bem desenvolvida do que nos outros, e vale mais a pena que qualquer outro exatamente por isso.

8. Kaze to ki no uta, Keiko Takemiya - Eu sempre me senti intrigada e interessada por esse mangá. É um shounen-ai antigo, com traço lindo e uma história realmente boa. Há coisas questionáveis, mas eu resolvi ignorá-las agora, e coloco-o aqui porque ainda exerce fascínio ímpar sobre mim (O mesmo pode ser dito de "O coração de Thomas, ou "Tooma no Shinzou", da Hagio Moto). Lamentavelmente, ele provavelmente nunca virá para cá, por ser tão antigo e pela própria temática (Porque ele não causou tanto furor quanto Gravitation)

9. Ao haru ride, Io Sakisaka - É um dos mangás mais bem-desenhados que já vi. O traço tem clareza, é bonito e esmerado, mesmo no meio do mangá, quando você pode relaxar um pouco (Muitos shounens têm capas lindas, mas miolos com erros e desleixos grotescos, mesmo quando os desenhistas possuem uma equipe para respaldá-los). E a história é realmente encantadora. Chorei só no prólogo #mejulgue. Eu realmente gostaria de vê-lo por aqui e, considerando que o animê vem aí logo mais, acho que posso ter esperanças sobre ele.

10. Kimagure Orange Road, Izumi Matsumoto - Apesar de ser o típico mangá em que as capas são mais bonitas que o miolo, esse mangá foi o primeiro que me tocou sem que eu o tivesse visto. Li sobre ele antes de saber exatamente o que era um mangá, com 9 anos (acredito), em uma revista sobre manga e anime que eu só comprava por achar os desenhos bonitos. E as ilustrações na matéria, a história contada... Eu me encantei e esse encanto nunca foi embora, então, acho justo que esse mangá esteja nesta lista. Também não tenho nem um pingo de esperança quanto à vê-lo aqui, ele é velho e seu animê não foi tão bem-sucedido, ao que me é dado saber.


Menções honrosas: Confidential Confessions, de Reiko Momochi, pelo conteúdo sincero e com tom de denúncia das hipocrisias do Japão para com suas garotas. Kakan no Madonna, de Chiho Saito, por falar dos Borgia também - e porque a Saito-sama é muito importante, não pode faltar na coleção de ninguém que goste de shoujo! Glass Mask, de Suzue Miuchi, porque também é meu must-have enquanto fã de shoujo, e por ser um ícone queridíssimo dos japoneses até hoje. Hana-kimi, de Hysaya Nakajo, que tem a minha temática favorita (Garota disfarçada de garoto).  Mars, de Fuyumi Soryo, que é lindo e cativante, sem perder todo o charme de um mangá nascido na década de 1990 e com todo aquele ar retrô que te faz viajar no tempo.

Em suma, panela velha é que faz comida boa nesta lista... hahahaha A maioria é antigo e o mais recente deles é o número 9, que é também o único que não foi concluído na lista. Confesso, acredito que a maioria dos títulos nem é meramente conhecido pela maioria.
Mas, e aí? O que você colocaria na lista "must-have" de banda desenhada japonesa?
Conta pra mim! Eu quero saber!

Cuide-se bem!
Abraços,
Sté B.