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sábado, 20 de agosto de 2011

Escritos




Evitei por muito tempo escrever em primeira pessoa. Não sei porque. Apenas evitei. Evitei também frases muito longas, e abusava das muito curtas. E também não sei porque. Acho que tive medo. Medo de me identificar nas minhas palavras. Não deu certo, é claro.
E é realmente engraçado refletir sobre os meus medos de agora. As preocupações. Tenho medo de coisas inimagináveis, como por acentos errados, prefiro não por nenhum. Medo de certas palavras, ou dá falta delas. E olhe só, o mais engraçado, tenho medo de estar com medo. Fico totalmente apavorada só de sentir a menor fisgada de medo.
Tenho medo de paragráfos, por isso aqui resolvi usar muitos. Medo de começar, e de acabar. As vezes, até de fechar os olhos. De me arrepender. De deixar de fazer. Da poesia.
Por um certo tempo, tive até medo de amar e de deixar ser amada. Medo do olhos. Do olhar. Da conversa. Mas também do silêncio. Penso que um dos meus maiores medos é que as pessoas vejam. O que? O medo em mim. Tenho o até de pensar, e pra variar, de deixar de pensar também.
Agora não tive medo de escrever nada disso,porém, tenho que admitir tenho medo de publicar. De que ninguém leia, ou que alguém leia. Ou pior, que eu mesma leia.
Meu maior impulso é ir apagando devagar cada palavra, uma de cada vez. Melhor, cada letrinha. Lentamente. Até que todo o medo se esvaia. Mas eu sei que, junto a vitória de ter eliminado cada medo, virá a dúvida. Então deixo os aqui. Totalmente expostos, junto com a coragem de fazê-lo, porque o maior medo é sim a coragem. Coragem de usar qualquer medo para algo diferente.

4 comentários:

  1. boa postagem ;) Continue assim sem medo mesmo, porque sem medo qe voce aproveita mais a vida e se torna mais feliz!
    teamo'

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  2. respira fundo, sente o frio na barriga e se joga, em tudo. do chao nao passa.


    e eu tenho medo de acentos, tambem.


    <3

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  3. aiaia juju vc é fofa! <3
    quem é ...?

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  4. Tenho medo de atravessar a rua e medo de que ninguém se interesse em ler o que escrevo. Daí me lembro de um certo alguém que sempre me apoia e já salvou minha vida umas quinze vezes. Só isso me basta para ter coragem de enfrentá-los.
    O importante é lembrar que nunca estamos sozinhas.
    Te amo.

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